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Então não era um crime perfeito?
Wednesday, May 04, 2005
Nunca te vi, sempre te amei!
Estou usando minha máquina do tempo.
Mas como voltar no tempo sem saber onde quero
chegar?
Resolvi então usar um modo manual, uma espécie
de sintonia fina, assim como nos televisores.
É um corredor extenso, cheio de portas, iluminado
por lâmpadas fluorescentes prestes a queimar e que
piscam sem parar. Tem goteiras para todos os lados.
Os únicos sons que escuto aqui são as gotas que caem,
o zunido das lâmpadas e os meus passos.
Cada porta se refere a um dia de minha vida. São
muitas.
Para cada porta que passo e abro tento lembrar-me do
dia que aconteceu tudo aquilo. Abro cada uma delas na
esperança de encontrar aquele quarto a meia luz onde
alguém me perguntou sobre a Suzie.
Converso comigo enquanto tento encontrar o tal quarto,
e na minha impaciência pulo algumas portas; ora pela
impaciência, ora por relembrar coisas que ainda tento
esquecer.
Engraçado, não sabia que guardamos lembranças de
quando ainda éramos fetos, é como entrar em um
Labirinto Visceral.
Onde perdi a Suzie?
Em que momento da minha vida deixei-a para trás?
Voltei para o início do corredor e entrei em uma
porta de onde saía um som alto, era Dead Can Dance.
Lembro-me bem desse dia, apesar da decoração deste
quarto não ser das mais comuns, lembro-me que me
agradou bastante.
Logo na entrada há uma espécie de lustre com tripas
secas que se estendem do alto até o chão, num canto
um santo e mais à frente fotos que lembram minha vida
embrionária.Podia até ser uma suíte, afinal num
corredor há três pias sobrepostas por onde passa um
fio d´água e o que mais me chamou a atenção...
...Vários espelhinhos de banheiro, daqueles com
moldura laranja, onde pude ver meu rosto e ler a
seguinte frase nos azulejos:
“Nunca te vi, sempre te amei”.
Se até esse dia não tinha me visto e sempre me amei,
qual o problema nessa minha obsessão por achar a
Suzie?
Post dedicado a exposição “Labirinto Visceral”, da
artista plástica e amiga Marina Inoue que visitei
em 25/01/2005.
Mas como voltar no tempo sem saber onde quero
chegar?
Resolvi então usar um modo manual, uma espécie
de sintonia fina, assim como nos televisores.
É um corredor extenso, cheio de portas, iluminado
por lâmpadas fluorescentes prestes a queimar e que
piscam sem parar. Tem goteiras para todos os lados.
Os únicos sons que escuto aqui são as gotas que caem,
o zunido das lâmpadas e os meus passos.
Cada porta se refere a um dia de minha vida. São
muitas.
Para cada porta que passo e abro tento lembrar-me do
dia que aconteceu tudo aquilo. Abro cada uma delas na
esperança de encontrar aquele quarto a meia luz onde
alguém me perguntou sobre a Suzie.
Converso comigo enquanto tento encontrar o tal quarto,
e na minha impaciência pulo algumas portas; ora pela
impaciência, ora por relembrar coisas que ainda tento
esquecer.
Engraçado, não sabia que guardamos lembranças de
quando ainda éramos fetos, é como entrar em um
Labirinto Visceral.
Onde perdi a Suzie?
Em que momento da minha vida deixei-a para trás?
Voltei para o início do corredor e entrei em uma
porta de onde saía um som alto, era Dead Can Dance.
Lembro-me bem desse dia, apesar da decoração deste
quarto não ser das mais comuns, lembro-me que me
agradou bastante.
Logo na entrada há uma espécie de lustre com tripas
secas que se estendem do alto até o chão, num canto
um santo e mais à frente fotos que lembram minha vida
embrionária.Podia até ser uma suíte, afinal num
corredor há três pias sobrepostas por onde passa um
fio d´água e o que mais me chamou a atenção...
...Vários espelhinhos de banheiro, daqueles com
moldura laranja, onde pude ver meu rosto e ler a
seguinte frase nos azulejos:
“Nunca te vi, sempre te amei”.
Se até esse dia não tinha me visto e sempre me amei,
qual o problema nessa minha obsessão por achar a
Suzie?
Post dedicado a exposição “Labirinto Visceral”, da
artista plástica e amiga Marina Inoue que visitei
em 25/01/2005.