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Então não era um crime perfeito?
Monday, April 30, 2007
Enquanto estive lá...
Estou no alto de um planalto andando no meio de
uma estrada de terra e pedra britada, não sei bem onde.
O céu está azul , sem uma nuvem sequer; não sinto
frio, mas deve ser porque estou agasalhado.
Não há muita coisa próxima a mim, apenas uma vegetação
rala e baixa de um tom bege meio desbotado. Já ao longe
vejo montanhas não muito altas e nem muito verdes, um
verde claro que chega até a ser opaco.
Tudo muito harmônico, destoado somente pelo amarelo
intenso de um campo de girassóis que mantêm próximo
a si, uma árvore baixa e de copa larga com poucas folhas.
Caminho um pouco estrada abaixo em direção ao campo de
girassóis escutando apenas o vento cantar suavenete em
meus ouvidos, e o ritmo formado pelo movimento de meus
passos na bota amarela movendo as pequeninas pedras; até
parece um chocalho movido lentamente.
Minha hipermetropia só permite assimilar uma casa de pedras
atrás da árvore quando me aproximo um pouco mais. É uma
casa bem rústica com janelas de madeira gastas pela idade,
apresentando um tom quase esverdeado pela umidade.
Tento localizar no tempo e espaço, mas me perco olhando o
lindo céu claro; a única coisa que me vem à cabeça é que
a Tatzi adoraria fotografar com a luz que Sol está
proporcionando.
É engraçado não me lembrar de muita coisa, ainda mais eu
que tenho a memória boa. Não me lembro de estar aqui antes
e nem sei a quanto tempo estou, pareço estar hipnotizado
pelo som do vento, o agradável som do vento que me acompanha
até me intrometer na casa, entrando sem ser convidado.
Há pouca coisa dentro dela, e a pouca coisa que há é iluminada
pela luz do Sol que assim como eu entra sem convite. Respiro
vagarozamente um ar gélido que é resfriado pelas pedras grossas
que formam as paredes e a lareira situada na parede à minha
direita. Logo a frente há uma mesa de madeira maciça e bancos
de troco de árvore, alinhados à passagem que se inicia pouco
após a lareira e termina na mesma linha da mesa e dos bancos.
Ali me parecem mais duas portas, onde imagino serem o banheiro
e um quarto que deixo minha curiosidade insatisfeita por não
ter ido verificar. Contorno a mesa e sigo em direção à outra
porta enquanto observo a tesoura do telhado, construída
cuidadosamente para durar.
Atravesso a porta rumo ao exterior da casa onde uma pequena
marquise protege o fogão a lenha e uma pia alimentada por
água vinda direta do poço que fica pouco a frente, bem
debaixo do cobertor vermelho que dança com o vento, e colóre
mais ainda o cenário enquanto seca no varal improvisado.
uma estrada de terra e pedra britada, não sei bem onde.
O céu está azul , sem uma nuvem sequer; não sinto
frio, mas deve ser porque estou agasalhado.
Não há muita coisa próxima a mim, apenas uma vegetação
rala e baixa de um tom bege meio desbotado. Já ao longe
vejo montanhas não muito altas e nem muito verdes, um
verde claro que chega até a ser opaco.
Tudo muito harmônico, destoado somente pelo amarelo
intenso de um campo de girassóis que mantêm próximo
a si, uma árvore baixa e de copa larga com poucas folhas.
Caminho um pouco estrada abaixo em direção ao campo de
girassóis escutando apenas o vento cantar suavenete em
meus ouvidos, e o ritmo formado pelo movimento de meus
passos na bota amarela movendo as pequeninas pedras; até
parece um chocalho movido lentamente.
Minha hipermetropia só permite assimilar uma casa de pedras
atrás da árvore quando me aproximo um pouco mais. É uma
casa bem rústica com janelas de madeira gastas pela idade,
apresentando um tom quase esverdeado pela umidade.
Tento localizar no tempo e espaço, mas me perco olhando o
lindo céu claro; a única coisa que me vem à cabeça é que
a Tatzi adoraria fotografar com a luz que Sol está
proporcionando.
É engraçado não me lembrar de muita coisa, ainda mais eu
que tenho a memória boa. Não me lembro de estar aqui antes
e nem sei a quanto tempo estou, pareço estar hipnotizado
pelo som do vento, o agradável som do vento que me acompanha
até me intrometer na casa, entrando sem ser convidado.
Há pouca coisa dentro dela, e a pouca coisa que há é iluminada
pela luz do Sol que assim como eu entra sem convite. Respiro
vagarozamente um ar gélido que é resfriado pelas pedras grossas
que formam as paredes e a lareira situada na parede à minha
direita. Logo a frente há uma mesa de madeira maciça e bancos
de troco de árvore, alinhados à passagem que se inicia pouco
após a lareira e termina na mesma linha da mesa e dos bancos.
Ali me parecem mais duas portas, onde imagino serem o banheiro
e um quarto que deixo minha curiosidade insatisfeita por não
ter ido verificar. Contorno a mesa e sigo em direção à outra
porta enquanto observo a tesoura do telhado, construída
cuidadosamente para durar.
Atravesso a porta rumo ao exterior da casa onde uma pequena
marquise protege o fogão a lenha e uma pia alimentada por
água vinda direta do poço que fica pouco a frente, bem
debaixo do cobertor vermelho que dança com o vento, e colóre
mais ainda o cenário enquanto seca no varal improvisado.